Usando um pen drive USB como HD no Linux

Contrário ao que a maioria das pessoas pensam ao ler o título deste post, colocar um sistema Linux para rodar em um pen drive usb e usá-lo como o disco rígido principal, não é algo tão difícil.

Estamos falando de um sistema Linux instalado no pen drive e não um sistema Live Linux, pois este último, temos muitos sistemas prontos e disponíveis na rede.

Em resumo, para rodarmos um sistema Linux em um pen drive USB como HD, você deve instalar normalmente o sistema no pen drive, inclusive o Grub. Depois configurar no SETUP do computador para iniciar o Boot no pen drive USB, agora “Disco Rígido USB” e deverá funcionar.

Muito fácil né. Pena que a vida não é um mar de rosas. Prepare-se para os detalhes.

Isto pode não funcionar porque os dispositivos USB são reconhecidos e disponibilizados sempre após os discos rígidos comuns (Sata, Pata, SCSI, SAS,…), portanto se você instalou o sistema no Pen Drive e o seu computador possui um disco rígido interno, todas as entradas dos pontos de montagem colocadas no arquivo de configuração do Boot Loader, no caso do Grub o arquivo /boot/grub.conf e no arquivo da tabela de sistema de arquivos, o /etc/fstab, estarão apontando para provavelmente o dispositivo /dev/sda, primeiro disco rígido em um sistema Linux, e quando você colocou para iniciar o boot no disco USB este será disponibilizado como /dev/sdb, ou seja, todas as montagens de discos irão falhar, causando a quebra do sistema. Fique atento, pois sda e sdb são referências, na sua instalação pode ser diferente, mas o importante é entender que o sistema só não irá subir porque há divergência nos pontos de montagens do momento da instalação para o da execução.

Uma solução, não muito bela, é remover fisicamente o disco rígido interno e refazer a instalação do sistema no Pen Drive, pois neste caso o instalador do Linux irá reconhecer apenas um disco e ao inicializar tudo deve funcionar normalmente. Entretanto há uma solução muito mais poética que esta, no qual consiste em ajustar estas entradas nos arquivos /etc/fstab e /boot/grub.conf.

De posse do Pen Drive já instalado com o sistema Linux, conecte ele em qualquer computador, no qual tenha um sistema Linux funcionando e acesse o conteúdo do Pen Drive para editar os arquivos citados anteriormente. No arquivo /boot/grub.conf procure pela expressão root= e acerte o valor, por exemplo, digamos que esteja com o valor /dev/sda1 e você tem um disco rígido interno, coloque para /dev/sdb1 e no /etc/fstab siga a lógica da alteração no /boot/grub.conf, ou seja, se trocamos a entrada no Grub de /dev/sdaX para /dev/sdbX, faça o mesmo em todas as linhas do fstab que contiverem o dispositivo em questão.

Por fim, ter um sistema Linux instalado e funcionando em um Pen Drive requer um pouco mais de atenção do usuário logo após instalá-lo acerca da quantidade e ordem dos discos no computador, pois fora isto, não há impedimento para tal funcionalidade.

7 comentários em “Usando um pen drive USB como HD no Linux

  1. Engraçado, onde está o medo, eu já instalei várias distros num pendriver de 16 G e é por ele que eu sempre faço a remasterização das minhas próprias distros. A ultima eu fiz é a cara do windows 7, mas o coração é do linux. Quem estiver interessado entre em contato. Obs: para instalar qualquer sistema linux num pendriver, deve sim, desconectar o seu HD interno, isso evita uma séria de problemas.

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    1. Prezado Leitor,
      Obrigado pelo comentário, quero fazer 2 considerações:

      1- Não há vantagens em fazer um Linux ficar parecido com o Windows 7, já que as interfaces gráficas disponíveis para Linux (Gnome, KDE e afins) são tecnologicamente muito mais avançadas, dispõem de recursos de usabilidade muito superiores e por ai vai, logo penso que ao fazer isto estaremos perdendo muito em matéria de designer e recursos.

      Viva a diferença!

      2- Como descrito no post, uma opção não muito graciosa é remover fisicamente o HD do computador, porém para usuários avançados penso não ser a melhor forma.

      Compartilhar é difundir conhecimento!

      Por fim convido-lhe a ler a proposta do blog.

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  2. Caro João, qual foi a emoção de criar um linux com a cara do windows 7?O gnome 3 tem uma interface gráfica bem melhor que a do windows 7, então não vejo vantagem de criar um linux com a cara do windows,ah só uma duvida nessa sua versão aparece a famosa tela azul do win quando apresenta erro?

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  3. Galera, não quero defender, mas algum de vcs críticos ferrenhos do João Borges, já pararam para pensar que uma interface similar ao windows é capaz de reduzir ou até mesmo eliminar a resistência que usuários comuns têm ao usar o linux?
    Canso de ver usuários dizendo que compraram um PC ou notebook com linux e logo em seguida instalaram um windows pirata mesmo por não conseguirem usar o sistema.
    Nem todos são nerds como nós! lembrem sempre disso!

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    1. Hmm… Nao tenho mta certeza se concordo c/ isso. A principio faz sentido, mas querendo ou nao, msmo usando uma interface q lembre o windows, como o kde por exemplo, existem muitas diferenças emtre os sistemas. Meu notebook veio c/ uma versao modificada do mandriva 2010 e eu tive grandes problemas pra usá-lo e acabei instalando o windows. Isso pq numa interface semelhante ao windows, a tendencia eh tentar seguir os msmos passos q seriam feitos no windows. Só fui conseguir da uma chamce ao linux qdo decidi experimentar o ubuntu 10.10 c/ gnome. Novo sistema, novo visual, novo aprendizado. Tudo era diferente. Tive q reaprender a usar sem os vicios do windows. Fiquei anos usando ubuntu c/ unity e dpois passei pro debian 8 c/ gnome 3. Decidi mudar d novo pois enjoei do gnome e resolvi experimentar o kde d novo agora q ja me sinto mais confortavel c/ linux.
      Acho q o choque de interfaces me obrigou a reaprender de forma mais eficiente pq nao tinha nenhuma referencia d como funcionava aquilo. Acho q nao teria sido tao facil c/ kde, cinnamon ou lxde q lembram mais o windows

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